sexta-feira, 16 de abril de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Já não se fazem anjos como antes...

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/f/f3/Legion_poster.jpg

Título: Legion
De: Scott Stewart
Com: Paul Bettany, Dennis Quaid, Tyrese Gibson, Adrienne Palicki

Se The Prophecy e The Terminator tivessem um filho, este seria Legion, a estreia no mainstream como realizador de Scott Stewart. Mas um filho, diga-se, um tanto quanto deficiente. O filme é absurdo, tem muito, mas mesmo muito pouco cérebro mas consegue redimir-se em alguns aspectos, essencialmente nas performances consistentes do elenco. As alusões às duas consagradas séries de filmes são óbvias. Um anjo, Michael, interpretado pelo inglês Paul Bettany, vem à terra para proteger o mundo duma guerra angélica. Por outro lado, uma simples empregada de restaurante(Adrienne Palicki) está grávida da última esperança da humanidade. Mas nem Paul Bettany é Christopher Walken nem a jovem Palicki é Linda Hamilton e o ridículo plot, que por vezes toma-se por demasiado sério, consegue deteriorar ainda mais o muito pouco redimível filme. Uma ressalva para Dennis Quaid, que consegue aqui uma performance divertida e bem conseguida, tendo ainda tempo para distribuir umas quantas one liners memoráveis.
Legion não é um mau filme, não se pode dizer isso, mas que está longe de ser uma obra à altura do seu cast, isso digo, e com toda a certeza.

Overall:2.5/5

Alberto S.

sábado, 3 de abril de 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

O B está de Volta

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/b/b4/Daybreakers_ver2.jpg

Título: Daybreakers
De: Michael Spierig & Peter Spierig
Com: Ethan Hawke, Willem Dafoe, Sam Neill, Claudia Karvan, Isabel Lucas

Os irmãos Spierig, criadores do filme de culto de 2003 Undead, trouxeram-nos este ano Daybreakers, um filme notoriamente de série B e que não se importa de o ser e muito menos de o parecer. Os gémeos entraram nisto pelo prazer e, digo eu, fizeram muito bem, o filme tem garra e capacidade para destronar todos os outros filmes vampíricos que tem estreado ultimamente nas salas de cinema. Daybreakers conta a história de um mundo, num futuro próximo, onde um vírus transformou a maioria da população em vampiros e existe uma escassez de sangue humano capaz de satisfazer as necessidades de toda a gente. Nada que um miúdo de quarta classe não conseguisse inventar e é esse o atractivo do filme. As performances são aceitáveis, principalmente a de Willem Dafoe que, contra o seu type protagoniza um everyday joe que trás alguma esperança para a humanidade. Sam Neill é o vilão e fá-lo de forma eficaz, também ele contra o seu tipo de personagem habitual. Destaque para o visual do filme que roça o exageradíssimo, com os filtros azuis noctívagos e um contrastivo laranja de dia a perturbar o espectador, mais que uma vez.
Em suma, Daybreakers é entretenimento popcorn e não almeja ser mais nada do que isso. Resta-nos desfrutar desta lufada de ar fresco num género já (outra vez?) saturado, como é o das histórias de vampiros.

Overall:3/5

Alberto S.

Soderbergh em Forma

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/3/3c/TheInformant2009MP.jpg

Título: The Informant!
De: Steven Soderbergh
Com: Matt Damon, Scott Bakula, Joel Mchale, Melanie Lynskey, Richard Steven Horvitz

Toda a gente se deslumbrou com Matt Damon em Invictus, mas, pelos vistos, toda a gente se esqueceu de Matt Damon em The Informant, aqui, numa exibição como nunca vista! Damon, no papel de Mark Whitacre é louco, burro, genial, confuso e acima de tudo primoroso. É um prazer ver o actor a trabalhar e não sei se não terá aqui uma performance mais segura e conseguida que em Invictus.
The Informant é uma comédia como há poucas e, por acaso, 2009 foi profícuo neste género juntando-se a este o A Serious Man dos irmão Cohen. Uma daquelas comédias negras, com bandas sonoras absolutamente hilariantes e cativantes e performances inesquecíveis. O filme é tudo isto. A culpa é, obviamente, de mestre Soderbergh que depois das aventuras de Danny Ocean e amigos decidiu adaptar a obra de Kurt Eichenwald do mesmo nome aos cinemas. Fá-lo de forma simples e eficaz, com um estilo reminiscente dos anos 70, banda sonora a acompanhar e um trabalho de fotografia muitíssimo bem conseguido, assentando todos juntos perfeitamente no contexto. Para além disto, o filme conta ainda com um dos argumentos mais divertidos dos últimos tempos assinado pelo experiente Scott Burns.
Enquanto filme, The Informant é um bom exemplo de entretenimento e concerteza, digno dos maiores elogios.

Overall:4/5
Alberto S.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Alice no País do Green Screen

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/f/ff/Alice-In-Wonderland-Theatrical-Poster.jpg

Título: Alice In Wonderland
De: Tim Burton
Com: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter, Crispin Glover, Stephen Fry, Michael Sheen

Alice In Wonderland, o novo rebento da imaginativa mente de Tim Burton, é, acima de tudo, um deleite visual. Esta nova febre pelo 3D tem subido à cabeça de muita, mas mesmo muita gente e quem ganha é Burton, depois de nos trazer uma amálgama das duas obras mais conhecidas de Lewis Carroll, (ou Charles Dodgson para os puritanos) Alice's Adventures in Wonderland e Through The Looking Glass, and What Alice Found There. Em termos da imagética Burton é um mestre como não há muitos! Mas Alice é uma película tão impregnada de clichés infantis (não fosse este filme da marca Disney) e performances que roçam o over-the-top que é impossível não esboçar um leve bocejo. Mia Wasikowska, a relativamente desconhecida heroína, trás alguma frescura mas vai-se perdendo pelo caminho, lá pela metade do filme, em direcção à obscuridade. Johnny Depp procura mais do que lhe é pedido e acaba por ser a grande decepção do filme. Anne Hathaway, acabadinha de vir de uma nomeação para Melhor Actriz nos óscares de 2009, depois de uma belíssima exibição em Rachel Getting Married, é não mais que um nome para encher cartazes e traz-nos uma absurda e aborrecida White Queen. É em Crispin Glover e Helena Bonham Carter que o filme ganha algum fôlego. Bonham Carter é, de facto, aquela que carrega o filme às costas, de forma carismática e pujante no papel da Red Queen. Glover, por seu turno, trás-nos um Knave of Hearts mau como as cobras. Se há actor que seja especialista a trazer ao grande ecrã vilões icónicos, esse actor é Crispin Glover. Mais uma exibição brilhante de um actor um pouco esquecido pelas grandes produções. Destaque ainda para Matt Lucas, o co-criador de Little Britain, que nos trouxe o par de gémeos Tweedledee e Tweedledum duma forma espectacularmente cómica. Para mim, duas das personagens mais bem conseguidas do filme.
O argumento de Linda Woolverton, a mesma que nos trouxe o magnífico The Beauty and The Beast, é absolutamente intragável. Clichés, desenlaces apressados, pouca exploração de grande parte do role de personagens, demasiada exposição de outras,(inclua-se o Mad Hatter de Depp) enfim, uma trapalhada que deixa mácula visível no filme.
No geral, Alice in Wonderland, não deixa de ser um filme agradável mas uma obra menor de um realizador que já nos trouxe outras pérolas com menos recursos.

Overall:3/5

Alberto S.

sexta-feira, 26 de março de 2010